O papo é jornalismo
Iniciei minha carreira
como jornalista atuando na área cooperativista nas extintas cooperativas
Coopramil, de Cambará, é Cofenorpa, de Jacarezinho. Por anos atuei
paralelamente como repórter free-lance da Folha de Londrina e outras
publicações, até que ingressei, em 1988, como correspondente desta mesma Folha,
em Santo Antônio da Platina. Aprendi com o então diretor de sucursais,
Alexandre Rocha, o velho Mineiro, que a lucratividade e sobrevivência de um
jornal se medem pelo caderno de classificados. Ao longo de sua trajetória, o
sucesso da Folha de Londrina, além de uma equipe de jornalistas primorosa,
sempre foi seu caderno de classificados.
Crise geral
Comecei a ler jornal pela
Folha de Londrina e Folha de São Paulo. Aprendi a amar a profissão, por esses
dois veículos de comunicação. Continuo fiel à Folha de meu estado, mas estou
impedido de ler a versão impressa do jornal paulista porque ele simplesmente
não é mais vendido em banca em Santo Antônio da Platina. Mesmo assim, acompanho
as edições pelo UOL. No entanto, é visível o peso da crise sobre a mídia
impressa de forma geral.
Desmilinguido
Hoje pego a Folha de
Londrina todas as manhãs e me deparo com um caderno de classificados de quatro
páginas, parte delas ocupadas com propaganda da casa. Aos domingos, dia em que
tradicionalmente se concentrava as milhares de ofertas nos classificados, sai
editado, no máximo, seis páginas.
Gazetona
A Gazeta do Povo, tida
como o maior jornal do Paraná, segue o mesmo destino. Mudou de formato e perdeu
sua principal característica. Nem mesmo o suporte de uma RPC – Rede Paranaense
de Comunicação consegue sustentar a pujança do passado.
Jornal de Londrina
Na terça-feira (8) o jornalista Claudio Osti, em seu blog na internet, anunciou, com pesar, que a mesma RPC planeja fechar o Jornal de Londrina, veículo impresso que adotou o mesmo formato da Gazetona (berliner).Segundo o jornalista, a decisão é dos acionistas do grupo e foi comunicada ao presidente do Sindicato dos Jornalistas da região de Londrina, Ayoub Hanna Ayoub, que esteve na redação do jornal para conversar com os profissionais do diário londrinense.
Na terça-feira (8) o jornalista Claudio Osti, em seu blog na internet, anunciou, com pesar, que a mesma RPC planeja fechar o Jornal de Londrina, veículo impresso que adotou o mesmo formato da Gazetona (berliner).Segundo o jornalista, a decisão é dos acionistas do grupo e foi comunicada ao presidente do Sindicato dos Jornalistas da região de Londrina, Ayoub Hanna Ayoub, que esteve na redação do jornal para conversar com os profissionais do diário londrinense.
Esperança
Os
diretores da RPC disseram ao sindicalista que talvez haja uma possibilidade de
manter o jornal ativo, mas se isso ocorrer haverá cortes, muitos cortes de
empregos.
De
graça
O Jornal de Londrina nasceu em 1989, criado por um grupo de empresários que queriam ter uma nova alternativa de jornal impresso na cidade. O jornalista Délio César, além de fundador, foi o primeiro diretor de redação. Em 1999 o jornal foi comprado pelo grupo RPC. Em 2006 mudou o formato, de standard para berliner, e passou a ser entregue gratuitamente na cidade.
O Jornal de Londrina nasceu em 1989, criado por um grupo de empresários que queriam ter uma nova alternativa de jornal impresso na cidade. O jornalista Délio César, além de fundador, foi o primeiro diretor de redação. Em 1999 o jornal foi comprado pelo grupo RPC. Em 2006 mudou o formato, de standard para berliner, e passou a ser entregue gratuitamente na cidade.
Jornalismo
regional
Salvo
erros de percurso como o jornal londrinense, desde meus tempos de Universidade
Estadual de Londrina vejo falar que a sobrevivência do jornalismo impresso é
ligada à identidade do veículo com sua região, a quem deve servir e priorizar.
No entanto, nesses tempos de internet, o caminho é conjugar as duas mídias. Por
exemplo, a Tribuna do Vale circula em cerca de 40 municípios com sua edição
impressa, mas logo no início da noite já está disponível em seu site e no
facebook. É um caminho sem volta...
Vexame internacional
Já vi de tudo no Congresso
brasileiro, mas confesso que nunca imaginei presenciar ao vivo pela TV as cenas
deprimentes produzidas pelos parlamentares na sessão do final de tarde e início
da noite de terça-feira. Deputado bloqueando a passagem de colegas que se
dirigiam às cabines de votação que escolheria a chapa responsável pela coordenação
do processo de impeachment da presidente Dilma Roussef. Outros se estapeando
num pugilato só visto em parlamentos de países do leste asiático. Pra não
faltar cenas ainda mais vergonhosas, vimos um deputado dando uma cabeçada no
rosto de outro parlamentar. Imagens que distribuídas por agências de notícias
do mundo inteiro, cobrindo de vergonha a nação brasileira.
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