Papagaios de pirata
O deputado federal João Arruda (PMDB)
postou em sua conta no facebook quase um desabafo sobre o papel de alguns
colegas de parlamento que, sem voz na Câmara, usam e abusam do ato de
‘papagaiar’. Segundo ele, está se tornando comum a figura do papagaio de pirata
na Câmara dos Deputados. As aves de penugem esverdeada se aproveitam de
matérias polêmicas e dos holofotes da grande mídia durante as votações
polêmicas para aparecerem, muitas das vezes à sombra dos líderes do parlamento
ou dos deputados com notável popularidade.
“O que é que está acontecendo com alguns Deputados Federais?”, indagou o
parlamentar, conhecido por ser um estudioso dos assuntos e matérias discutidos
na Câmara.
Ânsia por aparecer
Na sua postagem, Arruda lembra dos
deputados que transformaram a votação do impeachment da ex-presidente Dilma na
Câmara num verdadeiro picadeiro. “Assim como no dia da votação do impeachment,
onde parlamentares citavam seus animais de estimação, estouravam foguetes e se
posicionavam atrás dos oradores movimentando a cabeça, como verdadeiros
papagaios de pirata, presenciei ontem (quinta-feira, 24) a repetição do mesmo
tipo de comportamento. Na ânsia em aparecer na
televisão, alguns deputados gritam, dançam, xingam, se jogam no chão, e
transformam a Câmara em um verdadeiro circo, onde os palhaços são eles mesmos”,
desabafou.
Destruição
da imagem
João Arruda
acredita que esse tipo de comportamento destroi a imagem já combalida do
parlamento brasileiro. “Ao invés de promoverem uma discussão de alto nível,
tais parlamentares optam por não estudar as matérias, por não participar das
reuniões de líderes, as quais definem as pautas e que poderiam ser por eles
influenciada, e se satisfazem com alguns minutos à frente da câmera”.
Macaquices
O desabafo
do peemedebista corrobora com a opinião da maioria dos eleitores de que
político não se importa com o povo e se quer mesmo se aproveitar das benesses
do poder. “Tais deputados acreditam que as suas macaquices os diferenciam da
maioria. Mas o que eles não percebem é que, ao agir assim, estão cada vez mais
reforçando a generalização de que todo político é ladrão, de que a Câmara
Federal é um antro e de que nela só há pessoas despreparadas, que sequer fazem
ideia do que estão fazendo”, dispara.
Falsos
moralistas
Para João
Arruda, esses deputados perderam a noção do ridículo. “São falsos moralistas,
demagogos. Deputado que discorda das posições tomadas internamente, estuda os
projetos, debate as questões com argumentos e constrói com a maioria. Mas não
se joga ao chão. Cada vez que vejo esse teatro na Câmara, sinto vergonha de ser
deputado”, diz desapontado. O recado foi dado.
Vai o vice
Enquanto se
convalesce de um problema de saúde, Pedro Claro de Oliveira Neto (DEM) vai
vendo de longe seu vice Jorge Garrido (PMDB), com quem a relação já foi bem
melhor, inaugurar as obras que tanto lutou para conseguir. Um exemplo disse foi
o Emei na avenida Oliveira Motta na segunda-feira, 21. No domingo, 27, a
empresa contratada pela prefeitura concluiu as obras de infraesturtura da Vila
Santa Terezinha, antigo sonho de quem mora na parte leste da cidade, mas Pedro
Claro, ainda internado, também não pôde estar presente.
Vai o
sucessor
Pior que ver
seu vice colhendo os louros que ele mesmo semeou é ter que se conformar que a
inauguração da Unidade de Pronto Antendimento (UPA) no Parque Rennó, e a UTI
adulta do Hospital Regional do Norte Pioneiro, sediado em Santo Antônio da
Platina, só vão começar a atender a população somente em 2017, quando seu
mandato já estiver acabado. Professor Zezão vai inaugurar a obra e ficará
marcado na história com seu nome na placa e tudo. Resta saber se o cerimonial
vai chamar o ex-prefeito para descerrar a fita.
Chá de
sumiço
E já que perguntar
não ofende. Alguém sabe do paradeiro do deputado federal Diego Garcia (PHS)?
Desde o resultado das eleições de outubro que o nobre parlamentar não é visto
nem ouvido na região. Se tem aparecido, é para pouca gente, porque tem muito
eleitor do humanista sentindo sua falta. Teria tomado chá de sumiço?
Na bica
Com as
definições das eleições municipais, o ex-deputado federal Chico da Princesa
(PR) passou a ser o primeiro suplente de deputado estadual da coligação entre o
PSC e o PR nas eleições de 2014, por conta da cadeira deixada por Leonaldo
Paranhos (PSC) que se elegeu prefeito de Cascavel. Os três primeiros suplentes
de Paranhos também foram eleitos prefeitos e com isso a cadeira caiu no colo do
ex-prefeito de São Jorge do Oeste, Luis Corti (PSC). Acontece que Corti tem uma
condenação no Tribunal de Justiça do Paraná por improbidade e aguarda
julgamento de um agravo na mesma corte. Se a condenação for mantida, Chico da
Princesa assume a vaga.