TCE
aprimora fiscalização
A
prestação e a análise das contas de 2015 dos 399 municípios paranaenses
passarão por uma mudança histórica. O prefeito responderá pelos atos de
governo, que são de sua competência direta, incluindo os investimentos mínimos
em educação e saúde estabelecidos pela Constituição. Já os atos de gestão serão
alvo de monitoramento e fiscalização permanentes, à parte da prestação de
contas anual (PCA) do chefe do Poder Executivo municipal.
Agilidade
Com a
mudança, o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) ganha rapidez para
detectar irregularidades e determinar sua correção imediata, sem a necessidade
de esperar às vezes mais de um ano, até o julgamento das contas. Os atos de
gestão irregulares detectados serão transformados em processos apartados de
tomada de contas.
Objetividade
As
mudanças estão definidas na Instrução Normativa nº 108/2015, publicada em 10 de
dezembro, na edição 1.263 do Diário
Eletrônico do TCE-PR. A IN define o escopo de análise da PCA de 2015 relativa
aos poderes Executivo e Legislativo e também à administração direta e indireta
municipal. "Teremos mais condição de objetividade nas contas de governo e
absoluta previsibilidade da atuação do Tribunal", afirmou o presidente,
conselheiro Ivan Bonilha, em 19 de novembro, data da aprovação da IN pelo Pleno
do TCE-PR.
Políticas públicas
Debatida
na Casa nos últimos anos, a separação de conteúdos técnicos entre contas de
governo e atos de gestão atende à crescente necessidade de acompanhamento e
orientação em tempo real da administração pública. E também segue a evolução
das leis e da jurisprudência nacional, incluindo o entendimento já consolidado
pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a competência constitucional dos TCs
de julgar as contas de governadores e prefeitos enquanto ordenadores de
despesas.
Fim da
anualidade
Com a
inovação, o TCE-PR retira o critério da "anualidade" na análise de
atos de gestão e amplia a possibilidade de responsabilização - em processos
separados da PCA - dos agentes públicos envolvidos, em vários níveis
decisórios, na administração municipal. "Já a PCA do gestor máximo de uma
entidade deve ser avaliada pelo sucesso em programar políticas públicas em
benefício do cidadão", afirma a diretora de Contas Municipais, Regina
Cristina Braz. Com o objetivo de auxiliar nesta avaliação das contas de
governo, o TCE-PR está implantando o Índice de Efetividade da Gestão Municipal
Paranaense.
Acompanhamento
No novo
modelo, a PCA analisará, além do cumprimento da aplicação de 25% das receitas
na educação básica e 15% na saúde, a aplicação mínima de 60% dos recursos do
Fundeb no pagamento de professores. Também continuam sob a responsabilidade do
gestor o resultado orçamentário e financeiro, comprovando o equilíbrio fiscal
da administração; o resultado patrimonial; a gestão do regime próprio de
previdência; o cumprimento dos limites da dívida consolidada; a implantação e
os relatórios do sistema de controle interno.
Controles
Outros
pontos analisados na PCA são o cumprimento de aspectos da Lei de
Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/2000), incluindo os limites de
gasto com pessoal; e a publicação do Relatório de Gestão Fiscal (a cada quatro
meses) e do Relatório Resumido de Execução Orçamentário (bimestralmente).
Tempo real
Já o
Proar ficará encarregado de apontar falhas, incorreções, distorções ou riscos à
gestão, praticamente em tempo real. Nesta lista estão, entre outras, questões
ligadas a licitações, contratos, terceirizações, consumo de combustível,
pagamentos de diárias e conciliações bancárias. "Com isso, garantimos uma
atuação mais dinâmica e eficaz. Não é preciso esperar a irregularidade acontecer
e aguardar a análise da conta para punir os responsáveis", avalia o
diretor-adjunto da DCM, Edson Custódio. "Ao detectarmos a falha, podemos
cobrar a correção imediata."
Pesadelo
Acordando
às 6 da manhã, ligo a TV e de cara me surpreendo com a cobertura da ação de
policiais federais em operação de busca e apreensão nas casas das figuras mais
importantes da política brasileira. A cada dia chego a conclusão que este
negócio não tem fim, não acaba nunca. Pior, o país está paralisado, a economia
em ruínas, o desemprego cada vez mais assustador.
Só deu
PMDB
Interessante
que todos os alvos das ações ou são ou tem ligações íntimas com ocupantes dos
mais altos escalões do PMDB. Ninguém do PT, PR e PP, este último, o partido
mais enrolado em termos de números de envolvidos. Será que a ação tem a ver com
a possibilidade de traição do PMDB em relação ao impedimento da presidente?
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