Clima quente em Cambará
O quadro
político em Cambará está casa vez mais em ebulição, principalmente no núcleo do
grupo liderado pelo atual prefeito, João Mattar Olivato (PSC). A gota d’água
foi a nomeação do repórter Wellington Mello Silva como diretor do Departamento
Administrativo da Prefeitura. A indicação foi do presidente da Câmara de
Vereadores, Renato Rodrigues Ferreira, mas causou irados descontentamentos
entre a maioria dos integrantes do grupo dominante.
Estranho no ninho
Na visão
dos correligionários do prefeito, a presença de Wellington na equipe soa
estranho à comunidade, principalmente porque durante um longo período ele
bombardeou a administração com a veiculação de textos negativos contra a
administração ao ser preterido entre os primeiros ocupantes de cargos de
confiança.
Fúria
Quem está
mais enfurecida é a mãe de João Mattar, a advogada Leila Mattar, uma das
vítimas da cobertura negativa de Wellington durante a primeira metade da
gestão. Ela não perdoa o vereador Renato Rodrigues, que em sua opinião vem
trabalhando há meses pela nomeação do jornalista.
Decisão do grupo
Renato
Rodrigues, por sua vez, não se mostrou nem um pouco preocupado com a reação de
Leila Mattar. “A nomeação do Wellington foi uma decisão tomada pelo grupo, por
unanimidade”, alegou.
Esvaziamento do PMDB
A “janela” da infidelidade partidária – que será
aberta amanhã, quinta-feira, permitindo aos políticos mudar de sigla sem o
risco de perder o mandato — ameaça esvaziar a bancada do PMDB na Assembleia
Legislativa. Dos oito parlamentares peemedebistas na Casa, cinco integram a
base do governo Beto Richa, contrariando a orientação da direção estadual,
presidida pelo senador Roberto Requião. As informações são Bem Paraná.
Dor da partida
Entre os que admitem a possibilidade de deixar o
partido está o líder do governo na Assembleia, deputado Luiz Cláudio Romanelli,
que ontem reconheceu viver um dilema. Romanelli afirma não querer deixar a
sigla, que integra desde os anos 80, mas admite que a situação está ficando
insustentável diante da beligerância do grupo de Requião com os
governistas.
Na base
O deputado reclama, em especial, do fato da Executiva
Estadual estar dissolvendo os diretórios municipais ligados aos parlamentares
da base de Richa, impedindo assim que eles tenham o controle sobre o lançamento
de candidatos a prefeito e vereador em suas bases eleitorais.
Desabafo
“Para mim, deixar o PMDB será muito difícil”, afirmou
ele, que confirmou ter recebido convite para migrar para o PSB. “Vivo um
momento de conflito interno”, alegou, que acusa Requião de “medidas
autoritárias” e perseguição contra os deputados governistas. “Não pode a
direção estadual continuar dissolvendo diretórios municipais e desestabilizando
os deputados”, reclamou.
Socorro
O Governo
do Estado confirmou nesta terça (16), que vai liberar nos próximos dias óleo
diesel para máquinas atuarem na reconstrução das cidades atingidas pelas chuvas
do dia 11 de janeiro. Foram contemplados os municípios que declararam situação
de emergência ou calamidade pública Na região serão beneficiados os municípios de Figueira, Ibaiti e Jaguariaíva.
Super bagre
Sinceramente,
Eduardo Cunha sofre bombardeio de todos os lados, mas vem tirando de letra
todas as investidas de arrancá-lo da presidente da Câmara dos Deputados e até
mesmo de cassar o seu mandato. O processo contra o parlamentar peemedebista no
Conselho de Ética foi alvo de um pedido de vista na sessão desta quarta-feira
(17) que adiou novamente a votação do parecer do relator Marcos Rogério
(PDT-RO) a favor do prosseguimento das investigações. O pedido de vista
tem o poder de adiar por dois dias a votação, o que transfere para a próxima
semana a votação do parecer contra Cunha.
Culatra
A
manobra do deputado Paulo Teixeira (PT-SP) que obteve junto ao Conselho
Nacional do Ministério Público (CNMP) uma liminar que suspendeu os depoimentos
do ex-presidente Lula e de sua Mulher, Marisa Letícia, piora a situação deste
líder perante a opinião pública nacional. No centro do caso está o apartamento
triplex, que seria de Lula, no Guarujá. Se o ex-presidente nada deve, porque
usar essas manobras para escapar da artilharia do Ministério Público de São
Paulo (MP-SP)?
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