quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Panorama Regional

Imprensa analisada
Publiquei em minha página no facebook um artigo no qual faço um paralelo da atuação da imprensa antes e depois do advento da internet. Sob o título, “A web venceu o jornalismo”, o texto causou muita repercussão e, como não poderia ser diferente, a reação de quem se sentiu atingido pela crítica. Um desses foi o jornalista Valcir Machado, do NP Diário, o exemplo maior do que existe de mais ordinário no jornalismo do interior do Paraná. Com seu jeito peculiar, ele preferiu atacar a minha pessoa, atividade a que se dedica com afinco nos últimos 20 anos. Mas como ele é a expressão maior do que se pode definir como o “lixo do jornalismo”, melhor ignorar. A única resposta à altura foi lembrar-lhe que começou a carreira, assaltando uma loja em pleno centro de Londrina.

Replique
Atendendo a pedidos, publicamos o texto na forma de coluna, para que o leitor possa analisar seu conteúdo e, se quiser, manifestar sua opinião.

A web venceu o jornalismo
Sou jornalista da velha guarda. Isso me fez íntimo das comunidades do Norte Pioneiro. Andava pelas ruas de Sengés, como se estivesse na minha cidade natal, Cambará. Dirigindo lentamente pelas ruas de paralelepípedo ou lajotas de todas as cidades da região, volta e meia escutava alguém gritando meu nome. A intimidade com as pessoas, nos obrigava, jornalistas, a manter uma ética como se estivéssemos relacionando com nossos vizinhos ou parentes. Pisou na bola, dançou! Pra produzir uma reportagem, tínhamos que estar no local, falar com as pessoas, checar tudo, fazer imagens, ouvir todos os lados da história.

Outros tempos
De duas décadas para cá, com o advento de uma rede mundial de computadores cada vez mais veloz, os jornalistas foram relaxando, se transformando em acomodados, para não dizer, folgados, vagabundos, tipo de gente que não quer trabalhar nem pensar. Uma nota oficial é qualificada como verdade. Liga-se para alguém pedindo fotos, busca-se informações nas redes sociais e em portais como Google entre outros. Não se tira a bunda da cadeira e não se abre mão do ar condicionado. Com isso estamos vendo a consolidação de um bando de ineptos que posam de jornalistas.
Esquecem que jornalismo é apuração! É checagem rigorosa, pesquisando informações, sempre duvidando do óbvio.

Jornalismo safado
Esta semana tivemos uma aula de jornalismo safado, vagabundo, praticado por gente que rasga os manuais de ética. Só porque sai uma informação do site de um tribunal de contas, é a verdade? Foi isso o que ocorreu: saiu uma informação sobre a Prefeitura de Cambará e vários sites e blogs embarcaram como se fosse verdade. Nem a apresentação de um documento oficial foi suficiente para convencer os jornalistas que se pautam na internet. Um dia depois, alertado pela Tribuna do Vale, jornal do qual tenho orgulho de ser diretor. o Tribunal de Contas do Paraná retificou a informação.

Jornalismo criminoso
Mas nem isso foi suficiente para fazer um dos sites, o pior deles, reconhecer que errou. Trata-se de um veículo espúrio, que age criminosamente, com intuito de destruir reputações. O mais chocante que esse tipo de veiculo encontra respaldo em políticos ordinários, sem qualificação, que usam as tribunas para amplificar calúnias, mentiras e desagregação social.

Disputa por deputados
Pelo menos cinco partidos estão disputando os quatro deputados do PMDB que apoiam o governo Beto Richa (PSDB) na Assembleia Legislativa e contrariam a orientação do direção estadual do partidos. Os quatro - Luiz Cláudio Romanelli, Alexandre Curi, Artagão Júnior e Jonas Guimarães - devem mudar de legenda até março quando termina a “janela partidária”. O grupo já se encontrou com os deputados Luciano Ducci (PSB), Alex Canziani (PTB) e Ricardo Barros (PP). Também recebeu convite do Democratas e foi sondado pelo senador Alvaro Dias (PV). As informações são de Ivan Santos no Bem Paraná.

Peso político
O interesse de tantas legendas é justificado pelo “peso” político dos peemedebistas. Juntos eles representam um eleitorado de 350 mil pessoas, e contam com o apoio de cerca de cem prefeitos. Conscientes disso, os deputados combinaram que qualquer decisão será tomada em conjunto, e garantem que se deixarem o PMDB para ir para outro partido, também será em bloco. “A tendência é que isso aconteça. Que uma modificação, se efetivada, seja feita na mesma direção”, confirmou Artagão Júnior. “A ideia é que os quatro parlamentares possam integrar o mesmo partido”, reforçou Romanelli.


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