sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Panorama Regional

Prefeito pouca prática
Todos com quem converso mesmo adversários, não colocam em dúvida o comportamento moral do prefeito de Joaquim Távora, Gelson Mansur Nassar (PSDB), mas reconhecem que seu maior inimigo político é a inabilidade de lidar politicamente até mesmo com os parceiros mais próximos. Não chega a ser um desastre como administrador público, mas está longe de ser avaliado como um gestor bem sucedido.
Na cidade, poucos apostam as fichas em sua reeleição, não porque tenha adversários imbatíveis, mas porque vive levando invertidas por conta da imagem de “prefeito pouca prática”, aquele tipo de pessoa que perde apoios por pouca coisa, por não ter sensibilidade para conduzir os relacionamentos com parceiros.

Trapalhão
Um exemplo que está custando dores de cabeça ao líder do grupo político do qual faz parte o prefeito, o ex-prefeito e empresário Tarcizo Messias dos Santos (PSDB) foi a tentativa de Gelson Mansur de tomar o controle do PR, que é dirigido pelo também ex-prefeito Claudio Revelino. Ao ser informado pela cúpula estadual do partido de que o atual prefeito estaria tentando destituí-lo do controle da agremiação em Joaquim Távora, Revelino arrepiou para cima de Mansur, que agora corre o risco de ter contra si um pré-candidato com poderes de inviabilizar sua tentativa de reeleição.

Silêncio
Enquanto isso, o cartorário, mais conhecido por Neto Kalil, adversário de Gelson na última eleição, de quem perdeu por minguados 40 votos, se mantém em silêncio, mas pode entrar na disputa, embolando ainda mais a eleição

Cheiro de povo
Observadores políticos de Carlópolis, mesmo os adversários, admitem que o empresário Hiroshi Kubo (PSDB), tem a seu favor a imagem positiva de homem de negócios competente, porém, segundo observam, falta-lhe “cheiro de povo”. “Não vai ser fácil ele vencer a distância que o separa do povo, afinal, sempre esteve próximo às elites”, observa líder local, que admite votar no diretor do empreendimento Ilha Bela.

Dinho de volta
Por falar em Carlópolis, encontrei o ex-prefeito Adir José Ciofi, o Dinho como é mais conhecido, fazendo compras, ao lado da esposa, em Santo Antônio da Platina. Ele admitiu a possibilidade de retornar à politica, lançando-se à prefeitura de sua cidade. Ele observa que todos os políticos de seu tempo estão “complicados” na Justiça. “O Robertinho, o Isaac, o Garbelotti e o Pezão, tá todo mundo complicado na justiça e não podem concorrer. Eu estou limpinho”, diverte-se com seu jeito simples, referindo aos ex e atual prefeito, Roberto Coelho, Isaac Tavares da Silva, Luiz Garbelotti e Marcos Antônio David, todos na lista de inelegíveis.

Inimigo à espreita 
Deu no Painel da Folha de S. Paulo: o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) recebeu recentemente de Curitiba caixas de documentos com depoimentos de delatores da Lava Jato sobre doações à campanha de reeleição da presidente da República. O lote, que ainda não foi analisado pela corte, é a aposta do PSDB para catalisar as ações movidas pelo partido para impugnar a chapa de Dilma e Temer. Uma equipe de especialistas em prestação de contas foi acionada pelos tucanos para esquadrinhar o material.

Fuçando
O sonho de consumo do PSDB é encontrar provas e convencer os ministros do TSE que petistas usaram as eleições nacionais de 2014 para lavar dinheiro.

Requião leva invertida
O ex-deputado Stephanes Junior retomou no final da tarde de quinta-feira, 11, o controle do PMDB de Curitiba. O juiz Paulo Guilherme Mazini, da 11ª Vara Cível de Curitiba, reconduziu Stephanes e os demais membros da direção do partido na capital: Moisés Pessuti (vice-presidente), Doático Santos (secretário-geral) e João Formighierii (tesoureiro). Eles foram afastados por dissolução do diretório municipal determinado pela direção estadual. Stephanes, Doático Santos e o ex-governador Orlando Pessuti fazem parte do grupo de dissidentes do PMDB contrários a orientação do senador Roberto Requião, presidente estadual do partido.

Filho dançou
Na liminar concedida, o juiz Paulo Mazini mandou suspender "o ato administrativo que impôs a dissolução do diretório do PMDB de Curitiba" e determinou reconduzir os dirigentes partidários que ocupavam os cargos no diretório antes da sua dissolução. "O que vou fazer agora e ter uma reunião com (Orlando) Pessuti e definir qual dos dois, eu ou ele, que será candidato a prefeito pelo PMDB em Curitiba", disse Stephanes. Segundo o ex-deputado, a decisão da Justiça inviabiliza a candidatura do deputado Requião Filho que foi imposta, nas palavras de Stephanes Junior, pela direção estadual do partido. "Temos maioria no diretório e ganhamos no voto a convenção que vai indicar o candidato  a prefeito", completa.


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