Prefeito pouca prática
Todos com
quem converso mesmo adversários, não colocam em dúvida o comportamento moral do
prefeito de Joaquim Távora, Gelson Mansur Nassar (PSDB), mas reconhecem que seu
maior inimigo político é a inabilidade de lidar politicamente até mesmo com os
parceiros mais próximos. Não chega a ser um desastre como administrador
público, mas está longe de ser avaliado como um gestor bem sucedido.
Na
cidade, poucos apostam as fichas em sua reeleição, não porque tenha adversários
imbatíveis, mas porque vive levando invertidas por conta da imagem de “prefeito
pouca prática”, aquele tipo de pessoa que perde apoios por pouca coisa, por não
ter sensibilidade para conduzir os relacionamentos com parceiros.
Trapalhão
Um
exemplo que está custando dores de cabeça ao líder do grupo político do qual
faz parte o prefeito, o ex-prefeito e empresário Tarcizo Messias dos Santos
(PSDB) foi a tentativa de Gelson Mansur de tomar o controle do PR, que é
dirigido pelo também ex-prefeito Claudio Revelino. Ao ser informado pela cúpula
estadual do partido de que o atual prefeito estaria tentando destituí-lo do
controle da agremiação em Joaquim Távora, Revelino arrepiou para cima de
Mansur, que agora corre o risco de ter contra si um pré-candidato com poderes
de inviabilizar sua tentativa de reeleição.
Silêncio
Enquanto
isso, o cartorário, mais conhecido por Neto Kalil, adversário de Gelson na
última eleição, de quem perdeu por minguados 40 votos, se mantém em silêncio,
mas pode entrar na disputa, embolando ainda mais a eleição
Cheiro de povo
Observadores
políticos de Carlópolis, mesmo os adversários, admitem que o empresário Hiroshi
Kubo (PSDB), tem a seu favor a imagem positiva de homem de negócios competente,
porém, segundo observam, falta-lhe “cheiro de povo”. “Não vai ser fácil ele
vencer a distância que o separa do povo, afinal, sempre esteve próximo às
elites”, observa líder local, que admite votar no diretor do empreendimento
Ilha Bela.
Dinho de volta
Por falar
em Carlópolis, encontrei o ex-prefeito Adir José Ciofi, o Dinho como é mais
conhecido, fazendo compras, ao lado da esposa, em Santo Antônio da Platina. Ele
admitiu a possibilidade de retornar à politica, lançando-se à prefeitura de sua
cidade. Ele observa que todos os políticos de seu tempo estão “complicados” na
Justiça. “O Robertinho, o Isaac, o Garbelotti e o Pezão, tá todo mundo
complicado na justiça e não podem concorrer. Eu estou limpinho”, diverte-se com
seu jeito simples, referindo aos ex e atual prefeito, Roberto Coelho, Isaac
Tavares da Silva, Luiz Garbelotti e Marcos Antônio David, todos na lista de
inelegíveis.
Inimigo à espreita
Deu no Painel da Folha de S. Paulo: o TSE
(Tribunal Superior Eleitoral) recebeu recentemente de Curitiba caixas de
documentos com depoimentos de delatores da Lava Jato sobre doações à campanha
de reeleição da presidente da República. O lote, que ainda não foi analisado
pela corte, é a aposta do PSDB para catalisar as ações movidas pelo partido
para impugnar a chapa de Dilma e Temer. Uma equipe de especialistas em
prestação de contas foi acionada pelos tucanos para esquadrinhar o material.
Fuçando
O sonho de consumo do PSDB é encontrar provas e
convencer os ministros do TSE que petistas usaram as eleições nacionais de 2014
para lavar dinheiro.
Requião leva invertida
O ex-deputado Stephanes Junior retomou no final da
tarde de quinta-feira, 11, o controle do PMDB de Curitiba. O juiz Paulo
Guilherme Mazini, da 11ª Vara Cível de Curitiba, reconduziu Stephanes e os
demais membros da direção do partido na capital: Moisés Pessuti
(vice-presidente), Doático Santos (secretário-geral) e João Formighierii
(tesoureiro). Eles foram afastados por dissolução do diretório municipal
determinado pela direção estadual. Stephanes, Doático Santos e o ex-governador
Orlando Pessuti fazem parte do grupo de dissidentes do PMDB contrários a
orientação do senador Roberto Requião, presidente estadual do partido.
Filho dançou
Na liminar concedida, o juiz Paulo Mazini mandou
suspender "o ato administrativo que impôs a dissolução do diretório do
PMDB de Curitiba" e determinou reconduzir os dirigentes partidários que
ocupavam os cargos no diretório antes da sua dissolução. "O que vou fazer
agora e ter uma reunião com (Orlando) Pessuti e definir qual dos dois, eu ou
ele, que será candidato a prefeito pelo PMDB em Curitiba", disse
Stephanes. Segundo o ex-deputado, a decisão da Justiça inviabiliza a
candidatura do deputado Requião Filho que foi imposta, nas palavras de
Stephanes Junior, pela direção estadual do partido. "Temos maioria no
diretório e ganhamos no voto a convenção que vai indicar o candidato a
prefeito", completa.
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