segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Panorama Regional



Papagaios de pirata
O deputado federal João Arruda (PMDB) postou em sua conta no facebook quase um desabafo sobre o papel de alguns colegas de parlamento que, sem voz na Câmara, usam e abusam do ato de ‘papagaiar’. Segundo ele, está se tornando comum a figura do papagaio de pirata na Câmara dos Deputados. As aves de penugem esverdeada se aproveitam de matérias polêmicas e dos holofotes da grande mídia durante as votações polêmicas para aparecerem, muitas das vezes à sombra dos líderes do parlamento ou dos deputados com notável popularidade.  “O que é que está acontecendo com alguns Deputados Federais?”, indagou o parlamentar, conhecido por ser um estudioso dos assuntos e matérias discutidos na Câmara.

Ânsia por aparecer
Na sua postagem, Arruda lembra dos deputados que transformaram a votação do impeachment da ex-presidente Dilma na Câmara num verdadeiro picadeiro. “Assim como no dia da votação do impeachment, onde parlamentares citavam seus animais de estimação, estouravam foguetes e se posicionavam atrás dos oradores movimentando a cabeça, como verdadeiros papagaios de pirata, presenciei ontem (quinta-feira, 24) a repetição do mesmo tipo de comportamento. Na ânsia em aparecer na televisão, alguns deputados gritam, dançam, xingam, se jogam no chão, e transformam a Câmara em um verdadeiro circo, onde os palhaços são eles mesmos”, desabafou.

Destruição da imagem
João Arruda acredita que esse tipo de comportamento destroi a imagem já combalida do parlamento brasileiro. “Ao invés de promoverem uma discussão de alto nível, tais parlamentares optam por não estudar as matérias, por não participar das reuniões de líderes, as quais definem as pautas e que poderiam ser por eles influenciada, e se satisfazem com alguns minutos à frente da câmera”.

Macaquices
O desabafo do peemedebista corrobora com a opinião da maioria dos eleitores de que político não se importa com o povo e se quer mesmo se aproveitar das benesses do poder. “Tais deputados acreditam que as suas macaquices os diferenciam da maioria. Mas o que eles não percebem é que, ao agir assim, estão cada vez mais reforçando a generalização de que todo político é ladrão, de que a Câmara Federal é um antro e de que nela só há pessoas despreparadas, que sequer fazem ideia do que estão fazendo”, dispara.

Falsos moralistas
Para João Arruda, esses deputados perderam a noção do ridículo. “São falsos moralistas, demagogos. Deputado que discorda das posições tomadas internamente, estuda os projetos, debate as questões com argumentos e constrói com a maioria. Mas não se joga ao chão. Cada vez que vejo esse teatro na Câmara, sinto vergonha de ser deputado”, diz desapontado. O recado foi dado.

Vai o vice
Enquanto se convalesce de um problema de saúde, Pedro Claro de Oliveira Neto (DEM) vai vendo de longe seu vice Jorge Garrido (PMDB), com quem a relação já foi bem melhor, inaugurar as obras que tanto lutou para conseguir. Um exemplo disse foi o Emei na avenida Oliveira Motta na segunda-feira, 21. No domingo, 27, a empresa contratada pela prefeitura concluiu as obras de infraesturtura da Vila Santa Terezinha, antigo sonho de quem mora na parte leste da cidade, mas Pedro Claro, ainda internado, também não pôde estar presente.

Vai o sucessor
Pior que ver seu vice colhendo os louros que ele mesmo semeou é ter que se conformar que a inauguração da Unidade de Pronto Antendimento (UPA) no Parque Rennó, e a UTI adulta do Hospital Regional do Norte Pioneiro, sediado em Santo Antônio da Platina, só vão começar a atender a população somente em 2017, quando seu mandato já estiver acabado. Professor Zezão vai inaugurar a obra e ficará marcado na história com seu nome na placa e tudo. Resta saber se o cerimonial vai chamar o ex-prefeito para descerrar a fita.

Chá de sumiço
E já que perguntar não ofende. Alguém sabe do paradeiro do deputado federal Diego Garcia (PHS)? Desde o resultado das eleições de outubro que o nobre parlamentar não é visto nem ouvido na região. Se tem aparecido, é para pouca gente, porque tem muito eleitor do humanista sentindo sua falta. Teria tomado chá de sumiço?

Na bica
Com as definições das eleições municipais, o ex-deputado federal Chico da Princesa (PR) passou a ser o primeiro suplente de deputado estadual da coligação entre o PSC e o PR nas eleições de 2014, por conta da cadeira deixada por Leonaldo Paranhos (PSC) que se elegeu prefeito de Cascavel. Os três primeiros suplentes de Paranhos também foram eleitos prefeitos e com isso a cadeira caiu no colo do ex-prefeito de São Jorge do Oeste, Luis Corti (PSC). Acontece que Corti tem uma condenação no Tribunal de Justiça do Paraná por improbidade e aguarda julgamento de um agravo na mesma corte. Se a condenação for mantida, Chico da Princesa assume a vaga.    

 

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