sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Panorama Regional



Castigo das urnas
As mesmas urnas que consagram, aplicam castigos dolorosos. Após apuração, velhos nomes da política regional, principalmente ocupantes de cadeiras nos legislativos municipais, amargaram derrotas surpreendentes, mesmo sendo bem votados. Este é o caso do professor Vagner Calixto, de Andirá, que há mais de 20 anos ocupa uma das vagas da câmara local. Ele foi o quarto mais votado, com 565 votos, mas isso não lhe garantiu reeleição.

Invertida
Outros que amargam derrota em Andirá é Gilmar Leonardo, Nenê Bonacin e Vitor Dutra, três dos mais antigos vereadores da cidade. Eles são vítimas da reação silenciosa dos eleitores, que manifesta seu descontentamento aposentando velhos políticos.

Cambará
Outro exemplo é Cambará que aposentou antigos vereadores, com o Professor Tinelli, que obteve minguados 317 votos. Outra surpresa foi o atual presidente da câmara, Renato Rodrigues, que registrou performance ainda pior que Tinelli, obtendo apenas 300 votos.

Preocupação
Um servidor público municipal de Quatiguá encaminhou mensagem a este colunista perguntando como vai ficar a situação jurídica da eleição em seu município, até o momento indefinida por conta da impugnação do registro do vencedor, o ex-prefeito Efraim Bueno de Moraes (PMDB). Ele está preocupado com o acirramento dos ânimos entre os grupos do peemedebista e os partidários do atual prefeito, Fernando Dolenz, que igualmente se apresenta como vencedor. O caso depende de julgamento definitivo do TSE.

Promoções e progressões
O Governo do Paraná garante que vai pagar promoções e progressões para todos os servidores públicos estaduais a partir de janeiro de 2017. Isso representa mais R$ 1,4 bilhão na folha do Estado. Também foi assegurado que os salários e o décimo terceiro do funcionalismo continuarão sendo pagos em dia. O reajuste anual, previsto para janeiro, foi suspenso.
Motivo: não há dinheiro para pagar avanços de carreira e aumento ao mesmo tempo.

Bom senso
O chefe da Casa Civil Valdir Rossoni espera bom senso dos servidores estaduais no debate sobre o reajuste de 2017. Ao comentar a ameaça de greve feita por sindicalistas, disse que a situação só causa prejuízo à sociedade. Rossoni antecipou que o Comitê de Política Salarial do governo determinou aplicar falta ao servidor que não comparecer ao trabalho e também vai cortar o pagamento de progressões e promoções de grevistas.

Sem pagamentos
A grave situação fiscal que atinge os estados já fez com que 20 governos atrasassem pagamentos de servidores desde 2015. Muitos estão discutindo formas de quitar o 13º deste ano. O chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, diz que o Paraná não quer chegar nesta situação. Por isso está adotando medidas responsáveis e de austeridade.

Público x privado
Estudo divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que o salário médio do servidor público brasileiro aumentou 33%, já descontada a inflação, de 2003 a 2016. A diferença de renda de quem trabalha no setor privado e no serviço público subiu de 44% para 75%. O jornal Valor Econômico revela levantamento do Ipea, que aponta que houve aumento real entre 53,5% e 46,1% no salário dos servidores públicos estaduais e municipais entre 2004 e 2014. No Paraná, a despesa com a folha cresceu 84,5% em cinco anos, para uma inflação de 49%.

Amplo debate
O governador Beto Richa afirmou que o Paraná não fará nenhuma mudança no ensino médio que prejudique os estudantes e os professores da rede estadual. “Vamos debater amplamente com a comunidade escolar, em especial nossos alunos, as alterações propostas pelo governo federal”, disse. A Secretaria de Educação já marcou para o dia 13 de outubro uma série de seminários para discussões sobre a proposta apresentada pelo Governo Temer.

Sem cargos
O PT perdeu a presidência da República e, por consequência, todos os ministérios e órgãos federais que dominava desde 2003. Além disso, nas eleições de outubro ficou sem 350 prefeituras. Tudo somado, significa que o partido deixa de dominar 50 mil cargos comissionados nas máquinas administradas pelo partido no País. Além de consequências políticas, o revés tem sérios efeitos financeiros. Sem os cargos, as doações de filiados devem despencar.
*Com coluna Mirador

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