Espera angustiante
Os ex-prefeitos de Cambará, José Salim Haggi Neto, e de Quatiguá, Efraim
Bueno de Moraes, ambos do PMDB, venceram com folga as eleições em seus
respectivos municípios. No entanto, eles só assumirão suas respectivas
prefeituras se ambos reverterem a cassação de seus registros determinada pelos
juízes eleitorais de suas comarcas e confirmada pelo Tribunal Regional
Eleitoral (TRE). O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde os processos
aguardam sentença definitiva, promete julgar todos os processos do país antes
da data da diplomação.
Eleições
suplementares
Caso a TSE confirme a cassação do registro de Efraim e Neto, a tese da
maioria dos advogados eleitorais é que a corte deva marcar eleições
suplementares em 20 dias. No entanto, para juristas experimentados, entre os
quais, Nildo Lubke, a tese de novas eleições pode ser contestada com base na
Constituição Federal. É esperar para ver.
Siqueira Campos
O prefeito de Siqueira Campos, Fabiano Lopes Bueno, ou simplesmente Bi,
como é mais conhecido, se reelegeu com certa facilidade, mas seu segundo
mandato pode não ser dos mais tranquilos, apesar de controlar a Câmara de
Vereadores. Um exemplo foi a recente mensagem que encaminhou ao legislativo
solicitando autorização para parcelar um débito superior a R$ 800 mil que a
prefeitura tem com a previdência municipal. O único voto contrário foi do
vereador Aloísio Torres (PT), seu adversário na campanha, que pôs a boca no
trombone denunciando irregularidades envolvendo a gestão do prefeito.
Enxugamento
Uma reunião, que deveria ocorrer no final da tarde de ontem, na
prefeitura de Jacarezinho, iria decidir o tamanho das medidas visando reduzir
custos com a folha de servidores comissionados e terceirizados. Fala-se em um
corte na carne para enfrentar as advertências do Tribunal de Contas referentes
aos percentuais elevados de comprometimento da arrecadação com a folha de
pessoal.
Lei do retorno
Este colunista foi reconhecido por um senhor, ex-funcionário aposentado
do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER), que ao vê-lo na fila do
caixa de um supermercado de Jacarezinho, aproveitou o momento para fazer um
desabafo contra a ex-prefeita da cidade, Tina Toneti (PT). Visivelmente
emocionado, ele comemorou a derrota da petista afirmando que ela o teria
ludibriado ao convencê-lo a desocupar uma casa da antiga vila dos operários do
órgão, com a promessa de que ganharia uma moradia popular em substituição. “Saí
da casa acreditando que receberia outra moradia, mas isso nunca aconteceu.
Minha mulher morreu de desgosto”, desabafou, dizendo que a derrota de Tina foi
o castigo do destino.
Papai Noel
Tem gente que acredita em Papai Noel, basta vermos os números relativos
aos valores doados para campanhas eleitorais deste ano. Segundo o TSE, o
montante declarado pelos partidos e coligações aponta um volume estimado em
mais de R$2,5 bilhões, Mas quando se conversa com um simples vereador eleito,
este confessa, na cara limpa, que gastou mais de R$ 50 mil na campanha. Vale
salientar que o limite por vereador no município do eleito é de R$10 mil.
Quando o assunto envereda para as candidaturas a prefeito, aí a coisa dispara.
Numa cidade onde o limite para prefeito era de R$ 108 mil, um candidato
derrotado gastou mais de R$ 1 milhão. Em outro caso, um prefeito eleito,
segundo assessores de campanha, teria despejado mais de R$ 300 mil na véspera e
no dia da campanha. Ou seja, é uma eleição comprada.
A mulher no poder
No universo de 57.814 vereadores eleitos em todo o país no primeiro
turno das Eleições Municipais 2016, realizado no dia 2 de outubro, 8.441 são
mulheres, sendo que foram eleitas 638 prefeitas e 7.803 vereadoras. Desse
total, a maioria – 113 mulheres – tem de 50 a 54 anos, número que diminui em
direção às eleitas mais novas ou mais velhas: 107 têm de 45 a 49 anos; 102 estão
na faixa de 40 a 44 anos; e 81 têm entre 35 e 39 anos, por exemplo. As faixas
etárias de 75 a 79 e de 80 a 84 anos registram apenas uma prefeita eleita cada.
Distribuição do poder
O partido que mais elegeu prefeitas foi o PMDB, no total de 127, seguido
pelo PSDB, com 78 prefeitas. Em seguida vem o PSD, com 73 eleitas. O PSB, o PR
e o PP elegeram 48 cada. Já o DEM e o PDT, 36 cada. As demais prefeitas foram
eleitas por outros partidos.
Pela cor
Entre as prefeitas eleitas, 454 são brancas, 168 pardas, 23 da raça
amarela, 10 pretas e uma indígena. Entre as vereadoras eleitas, 4.873 são
brancas, 2.542 pardas, 329 pretas; 38 da raça amarela; e 28 indígenas. Os
números foram extraídos das Estatísticas de Resultados das
Eleições 2016.
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