quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Panorama Regional



Espera angustiante
Os ex-prefeitos de Cambará, José Salim Haggi Neto, e de Quatiguá, Efraim Bueno de Moraes, ambos do PMDB, venceram com folga as eleições em seus respectivos municípios. No entanto, eles só assumirão suas respectivas prefeituras se ambos reverterem a cassação de seus registros determinada pelos juízes eleitorais de suas comarcas e confirmada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde os processos aguardam sentença definitiva, promete julgar todos os processos do país antes da data da diplomação.

Eleições suplementares
Caso a TSE confirme a cassação do registro de Efraim e Neto, a tese da maioria dos advogados eleitorais é que a corte deva marcar eleições suplementares em 20 dias. No entanto, para juristas experimentados, entre os quais, Nildo Lubke, a tese de novas eleições pode ser contestada com base na Constituição Federal. É esperar para ver.

Siqueira Campos
O prefeito de Siqueira Campos, Fabiano Lopes Bueno, ou simplesmente Bi, como é mais conhecido, se reelegeu com certa facilidade, mas seu segundo mandato pode não ser dos mais tranquilos, apesar de controlar a Câmara de Vereadores. Um exemplo foi a recente mensagem que encaminhou ao legislativo solicitando autorização para parcelar um débito superior a R$ 800 mil que a prefeitura tem com a previdência municipal. O único voto contrário foi do vereador Aloísio Torres (PT), seu adversário na campanha, que pôs a boca no trombone denunciando irregularidades envolvendo a gestão do prefeito.

Enxugamento
Uma reunião, que deveria ocorrer no final da tarde de ontem, na prefeitura de Jacarezinho, iria decidir o tamanho das medidas visando reduzir custos com a folha de servidores comissionados e terceirizados. Fala-se em um corte na carne para enfrentar as advertências do Tribunal de Contas referentes aos percentuais elevados de comprometimento da arrecadação com a folha de pessoal.

Lei do retorno
Este colunista foi reconhecido por um senhor, ex-funcionário aposentado do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER), que ao vê-lo na fila do caixa de um supermercado de Jacarezinho, aproveitou o momento para fazer um desabafo contra a ex-prefeita da cidade, Tina Toneti (PT). Visivelmente emocionado, ele comemorou a derrota da petista afirmando que ela o teria ludibriado ao convencê-lo a desocupar uma casa da antiga vila dos operários do órgão, com a promessa de que ganharia uma moradia popular em substituição. “Saí da casa acreditando que receberia outra moradia, mas isso nunca aconteceu. Minha mulher morreu de desgosto”, desabafou, dizendo que a derrota de Tina foi o castigo do destino.

Papai Noel
Tem gente que acredita em Papai Noel, basta vermos os números relativos aos valores doados para campanhas eleitorais deste ano. Segundo o TSE, o montante declarado pelos partidos e coligações aponta um volume estimado em mais de R$2,5 bilhões, Mas quando se conversa com um simples vereador eleito, este confessa, na cara limpa, que gastou mais de R$ 50 mil na campanha. Vale salientar que o limite por vereador no município do eleito é de R$10 mil. Quando o assunto envereda para as candidaturas a prefeito, aí a coisa dispara. Numa cidade onde o limite para prefeito era de R$ 108 mil, um candidato derrotado gastou mais de R$ 1 milhão. Em outro caso, um prefeito eleito, segundo assessores de campanha, teria despejado mais de R$ 300 mil na véspera e no dia da campanha. Ou seja, é uma eleição comprada.
  
A mulher no poder
No universo de 57.814 vereadores eleitos em todo o país no primeiro turno das Eleições Municipais 2016, realizado no dia 2 de outubro, 8.441 são mulheres, sendo que foram eleitas 638 prefeitas e 7.803 vereadoras. Desse total, a maioria – 113 mulheres – tem de 50 a 54 anos, número que diminui em direção às eleitas mais novas ou mais velhas: 107 têm de 45 a 49 anos; 102 estão na faixa de 40 a 44 anos; e 81 têm entre 35 e 39 anos, por exemplo. As faixas etárias de 75 a 79 e de 80 a 84 anos registram apenas uma prefeita eleita cada.

Distribuição do poder
O partido que mais elegeu prefeitas foi o PMDB, no total de 127, seguido pelo PSDB, com 78 prefeitas. Em seguida vem o PSD, com 73 eleitas. O PSB, o PR e o PP elegeram 48 cada. Já o DEM e o PDT, 36 cada. As demais prefeitas foram eleitas por outros partidos.

Pela cor
Entre as prefeitas eleitas, 454 são brancas, 168 pardas, 23 da raça amarela, 10 pretas e uma indígena. Entre as vereadoras eleitas, 4.873 são brancas, 2.542 pardas, 329 pretas; 38 da raça amarela; e 28 indígenas. Os números foram extraídos das Estatísticas de Resultados das Eleições 2016.

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