terça-feira, 21 de junho de 2016

Panorama Regional

Hora de avaliação
As eleições municipais estão se aproximando e começa o ti-ti-ti de candidato batendo às suas portas contando mundos e fundos, prometendo trazer o planeta marte para aumentar o território da terra. Este é o momento de avaliação, para não incorrermos nos mesmos erros. Interessante que damos com a cara no muro, apanhamos, mas nunca aprendemos. Estamos sempre colocando seres ordinários para administrar nossas vidas. Um exemplo são as constantes denúncias de manipulação de diárias, Prefeitos, vereadores e funcionários públicos transformam verbas para viagens em interesse público em mais uma fonte de salário ilegal. Está tudo lá, nos portais da transparência, mas a impressão é que ninguém da a mínima, enquanto isso, usurpadores do poder fazer a festa.

Desrespeito
Veja o que esta Tribuna denunciou no final da semana passada. Japira trocou recentemente de prefeito. Saiu, depois de condenado à quase 20 anos de prisão, o velho cacique Wilson Rony de Oliveira Santos, dando lugar a seu irmão, Luiz Cláudio de Oliveira Santos, o Capotão. Acredite se quiser. No mesmo dia, o que saiu pegou diárias e o que entrou também pegou, num menosprezo a uma das comunidades mais carentes do Norte Pioneiro! Isso vem acontecendo à décadas, perpetuando no poder uma oligarquia que está sempre mandando, porque o povo gosta de ser manipulado e explorado.

Abatiá
Esta mesma coluna publicou recentemente neste espaço uma denúncia de que a prefeita de Abatiá, Maria de Lourdes Yamagami teria retirado de diárias para uma viagem à Brasília, onde iria tratar de assuntos da municipalidade. Consta que o carro oficial usado na viagem sofreu uma multa numa cidade que fica à frente 100 km da capital federal. Há dúvidas até que tenha sido ela a usuária do dinheiro público para a viagem. Curiosidade: a cidade onde ocorreu a autuação de transito sedia uma belíssima estância hidromineral.

Quatiguá
E a querida e aconchegante Quatiguá? O promotor de Joaquim Távora manda uma recomendação para os vereadores da cidade a reduzirem as retiradas de diárias, em igual número quase todos os meses. Acreditem: eles rejeitaram o que o promotor recomendou e continuam “de boa” fazendo cursos e mais cursos em Curitiba. Vão terminar o mandato como os mais bem preparados especialistas em gestão pública do país.

Quatiguá 2
Quem tem acesso à informações jurídicas envolvendo pretensos candidatos a prefeito de Quatiguá continuam questionando: os três supostos nomes, Arião Robles, Efraim Morais e Fernando Dolens estão enrolados na justiça. Quem sobrevive?

Perguntinha
Já que estamos falando de absurdos, vale fazer uma perguntinha à população da encantadora Ribeirão Claro. A prefeitura da cidade move ações de cobrança contra o ex-prefeito Mário Augusto Pereira, que governou a cidade por três mandatos e agora aparece como pré-candidato. Segundo a atual administração, ele terá que devolver quase R$ 1 milhão, isso mesmo, quase 1.000.000 de reais, sendo uma das ações referente à irregularidades administrativas e outra incidente sobre condenação trabalhista do município. Se Pereira for feliz em sua empreitada e virar prefeito pela quarta vez, como vai ser ele administrando um município que cobra dele mesmo uma bolada milionária? Vale salientar que uma propriedade rural do ex-prefeito foi alienada como garantia do débito!

Perguntinha 2
Retornemos 25 quilômetros e vamos falar um pouco de Jacarezinho. A ex-prefeita Tina Toneti (PT) já avisou que é pré-candidata no pleito deste ano. Ela conseguiu o que muita gente julgava como impossível. Com as contas de 2012 rejeitas pelo pleno do Tribunal de Contas do Paraná (TC-PR) ela obteve aceitação de um recurso e o balanço voltou para análise novamente. Mas vamos lá: em vencendo a disputa e o TC reafirmando que houve irregularidade, como é que fica? Nova eleição, posse do vice ou do segundo colocado no pleito?

Só contestando
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) não vai divulgar lista dos políticos com condenação improbidade administrativa ou criminal como faz com os gestores com contas rejeitadas ou detentores de condenação eleitoral. A situação de cada um somente será avaliada depois que o político ingressar com pedido de registro. Adversário ou o Ministério Público Eleitoral (MPE) é quem deve acionar a Justiça Eleitoral.


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