A escalada da violência
Não
tenho hábito de ir a velórios, principalmente quando envolve pessoas que amo
muito. Recentemente perdi um afilhado supostamente com morte causada por
suicídio. A família não aceita essa versão e sustenta que o garoto, com 21
anos, tenho sido vítima de assassinato. Até setores da polícia preferem
acreditar na segunda hipótese. Ontem, tomei coragem e fui levar minhas
condolências à família do ex-vereador Edson Cudik, o Dissão, de Santo Antônio
da Platina. Ele permanece internado na UTI da Santa Casa de Jacarezinho, seu
filho, Raí, de 15, foi sepultado na tarde de ontem. Ambos foram vítimas de uma
dupla de ladrões que tentou assaltar sua residência.
Comoção
No
velório, clima de comoção. Na cabeceira do caixão, uma mãe desconsolada. Em
volta ao corpo velado, adolescentes, amigas e amigos do menino assassinado,
entoavam canções. Em cada rosto, lágrimas e marcas da dor. Esta é uma geração
que experimenta desde muito cedo traumas dessa natureza, por conta do
crescimento desmedido da violência. Fica a impressão que estamos diante de uma
geração perdida, de um lado, bandidos precoces, produzidos por uma sociedade
que cada vez mais banaliza a violência e, de outro, meninos e meninas que se
olham e não encontram respostas para a brutalidade praticada por dois rapazes
que mal estão experimentando o gosto da vida.
De quem é a culpa?
Especialistas
e cidadãos comuns questionam: quem é o responsável por esse estado de coisas?
As autoridades que não cumprem seu papel, que transformaram a nação nessa
imundície moral ou as famílias, que corrompem seus filhos pela permissividade?
Todos nós somos culpados. A começar pela impunidade vigente neste país. Ou pela
banalização do imoral, pela destruição dos costumes, transformando nossas ruas
e casas em universidades da desconstrução da dignidade humana.
Brigas por nada
Quem
acompanha a política de Cambará fica cada dia mais abismado com as disputas
envolvendo os grupos políticos locais. Eles promovem verdadeiras batalhas em
torno de causas que passariam despercebidas em outras cidades. Um exemplo
recente foi a nomeação do novo titular da delegacia da Polícia Civil local. A
redação recebeu textos sobre a posse enviados por assessores de políticos
diferentes, cada um creditando a si a responsabilidade pela “conquista” do novo
delegado!
Preço da traição
Para
alguns analistas políticos de Jacarezinho, o gesto da bancada de vereadores que
na “surdina” restabeleceu os valores dos subsídios pagos aos nove membros da
casa, é uma traição ao povo e vai custar muito caro a eles nas eleições deste
ano. É ver pra crer.
Invertida
O
prefeito de Bandeirantes, Celso Silva, juntamente os deputados Luiz Cláudio
Romanelli (estadual) e João Arruda (federal), lançaram no final da semana
passada a candidatura de Lino Martins, numa tentativa de manter o atual grupo
no poder. O que ninguém esperava é que, dias depois, o Tribunal de Contas
incluísse Martins na lista dos ilegíveis do TRE!
Novo Código
Foi publicada na
edição desta quarta-feira (15) do Diário da Justiça Eletrônico (DJe) resolução
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que estabelece diretrizes gerais para a
aplicação do Novo Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015) no âmbito da
Justiça Eleitoral. A Corte Eleitoral aprovou a Resolução nº 23.478 no dia 10 de
maio deste ano, diante da necessidade de disciplinar a aplicabilidade do novo
CPC. O emprego das novas regras “tem caráter supletivo e subsidiário em relação
aos feitos que tramitam na Justiça Eleitoral, desde que haja compatibilidade
sistêmica” (parágrafo único, Capítulo I).
Prazos
A Resolução trata
de temas como prazos, atos processuais, tutela provisória, procuradores, ordem
dos processos no Tribunal e recursos. As disposições previstas na norma não
prejudicam os atos processuais praticados antes da sua publicação.
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