quinta-feira, 16 de junho de 2016

Panorama Regional

A escalada da violência
Não tenho hábito de ir a velórios, principalmente quando envolve pessoas que amo muito. Recentemente perdi um afilhado supostamente com morte causada por suicídio. A família não aceita essa versão e sustenta que o garoto, com 21 anos, tenho sido vítima de assassinato. Até setores da polícia preferem acreditar na segunda hipótese. Ontem, tomei coragem e fui levar minhas condolências à família do ex-vereador Edson Cudik, o Dissão, de Santo Antônio da Platina. Ele permanece internado na UTI da Santa Casa de Jacarezinho, seu filho, Raí, de 15, foi sepultado na tarde de ontem. Ambos foram vítimas de uma dupla de ladrões que tentou assaltar sua residência.

Comoção
No velório, clima de comoção. Na cabeceira do caixão, uma mãe desconsolada. Em volta ao corpo velado, adolescentes, amigas e amigos do menino assassinado, entoavam canções. Em cada rosto, lágrimas e marcas da dor. Esta é uma geração que experimenta desde muito cedo traumas dessa natureza, por conta do crescimento desmedido da violência. Fica a impressão que estamos diante de uma geração perdida, de um lado, bandidos precoces, produzidos por uma sociedade que cada vez mais banaliza a violência e, de outro, meninos e meninas que se olham e não encontram respostas para a brutalidade praticada por dois rapazes que mal estão experimentando o gosto da vida.

De quem é a culpa?
Especialistas e cidadãos comuns questionam: quem é o responsável por esse estado de coisas? As autoridades que não cumprem seu papel, que transformaram a nação nessa imundície moral ou as famílias, que corrompem seus filhos pela permissividade? Todos nós somos culpados. A começar pela impunidade vigente neste país. Ou pela banalização do imoral, pela destruição dos costumes, transformando nossas ruas e casas em universidades da desconstrução da dignidade humana.

Brigas por nada
Quem acompanha a política de Cambará fica cada dia mais abismado com as disputas envolvendo os grupos políticos locais. Eles promovem verdadeiras batalhas em torno de causas que passariam despercebidas em outras cidades. Um exemplo recente foi a nomeação do novo titular da delegacia da Polícia Civil local. A redação recebeu textos sobre a posse enviados por assessores de políticos diferentes, cada um creditando a si a responsabilidade pela “conquista” do novo delegado!

Preço da traição
Para alguns analistas políticos de Jacarezinho, o gesto da bancada de vereadores que na “surdina” restabeleceu os valores dos subsídios pagos aos nove membros da casa, é uma traição ao povo e vai custar muito caro a eles nas eleições deste ano. É ver pra crer.

Invertida
O prefeito de Bandeirantes, Celso Silva, juntamente os deputados Luiz Cláudio Romanelli (estadual) e João Arruda (federal), lançaram no final da semana passada a candidatura de Lino Martins, numa tentativa de manter o atual grupo no poder. O que ninguém esperava é que, dias depois, o Tribunal de Contas incluísse Martins na lista dos ilegíveis do TRE!

Novo Código
Foi publicada na edição desta quarta-feira (15) do Diário da Justiça Eletrônico (DJe) resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que estabelece diretrizes gerais para a aplicação do Novo Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015) no âmbito da Justiça Eleitoral. A Corte Eleitoral aprovou a Resolução nº 23.478 no dia 10 de maio deste ano, diante da necessidade de disciplinar a aplicabilidade do novo CPC. O emprego das novas regras “tem caráter supletivo e subsidiário em relação aos feitos que tramitam na Justiça Eleitoral, desde que haja compatibilidade sistêmica” (parágrafo único, Capítulo I). 

Prazos
A Resolução trata de temas como prazos, atos processuais, tutela provisória, procuradores, ordem dos processos no Tribunal e recursos. As disposições previstas na norma não prejudicam os atos processuais praticados antes da sua publicação.



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