Pouca prática
O jornalista Marco Martins, desta Tribuna, ligou no final da tarde
de ontem para o advogado Paulo Bastos, que representa o ex-prefeito de Cambará,
José Salim Haggi Neto na ação judicial em que este foi condenado por
improbidade administrativa. Ao invés de responder as perguntas feitas pelo
jornalista, preferiu o tom irônico, mordaz, deixando escapar o comportamento
belicoso ao assinalar que está processando o jornal e o repórter.
Bastos me faz lembrar a equipe de advogados do ex-presidente Lula,
que mesmo procurados pela reportagem da Rede Globo para se manifestarem,
preferiram o silêncio, para depois pedir direito de resposta e ameaçar com
processos judiciais. Nas duas matérias veiculadas por este jornal, Neto foi
procurado na primeira vez, e na segunda veiculação, coube ao advogado se
manifestar, preferindo o tom ameaçador.
Constatação
Em sua fala com o jornalista da Tribuna, Haggi Neto admitiu que
está condenado em definitivo, que não cabe mais recursos, que vai pagar a multa
importa pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas defende a tese de que está
elegível e que vai concorrer na eleição de outubro deste ano. Foi o que o
jornal publicou, mas defendendo que a sentença por improbidade administrativa
agravado com o dolo (intenção de cometer a ilegalidade), o coloca fora do
processo eleitoral.
Constatação 2
Para eliminar qualquer dúvida, a reportagem consultou dois dos
mais experimentados juristas especializados em Direito Eleitoral do Paraná.
Ambos concordaram com a tese defendida pelo jornal. Ou seja, Neto pode até
lançar sua candidatura a prefeito de Cambará, mas é pouco provável que obtenha
registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em razão de sua condenação. Vale
salientar que o ex-prefeito tem uma penca de outros processos que correm na
justiça em diferentes esferas.
Troca-troca
Conforme levantamento realizado pelo jornalista Carlos Roberto
Francisquini, do site Circulandoaqui, em Cambará três vereadores trocaram de
legenda durante janela partidária. Claudinei ‘Tuta’ Tironi não é mais do PT, ele deixou a legenda
e está flertando com o Partido Humanista da Solidariedade - PHS, agremiação
ligada a Igreja Católica
Troca-troca 2
Renato
Rodrigues, presidente
da Câmara de Vereadores também mudou de sigla. Ele se transferiu para o Partido
Socialista Brasileiro – PSB que acabou indo para as mãos de seus principais
adversários políticos na cidade, o que o obrigou a um novo voo, desta feita
para o Partido Trabalhista do Brasil - PT do B.
Troca-troca 3
A surpresa na janela de transferência foi a saída de João Antonio Tinelli, do PSDB, para o Partido Social Democrático
– PSD. Ele diz que vai usar sua experiência política para ajudar a fortalecer o
partido.
No mesmo ninho
O prefeito de Cambará, João Mattar Olivato (PSC) acabou ficando
sozinho na legenda. Os dois principais aliados, Ratinho Junior e Nelson Padovani,
deixaram a legenda. Ratinho foi para o (PSD) e Padovani para o (PSDB)
curiosamente, os dois partidos da base do vice-prefeito Luís Dias pode
concorrer contra ele.
Tudo como antes
Segundo a coluna Painel,
da Folha de S. Paulo, Apesar de sugerir que o impeachment, sem base, cheira
a golpe, Renan Calheiros continua fazendo, nos bastidores, a mesma avaliação
dos últimos dias: “Não tem mais jeito”.
Típico dele
Quem
acompanha os passos do presidente do Senado diz que ele fez, faz e fará gestos
ambíguos até o fim. Por puro instinto de sobrevivência, não quer ser confundido
nem com o exército inimigo, nem com as tropas aliadas.
Esclarecimento
Com
relação à veiculação nos meios de comunicação no dia de ontem, o deputado
licenciado Ratinho Junior informa que todas as doações recebidas em suas
campanhas, inclusive as oriundas do Diretório Nacional do PSC, foram
devidamente declaradas à Justiça Eleitoral, cujas prestações de contas foram
aprovadas pelo TRE-PR.
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