quinta-feira, 24 de março de 2016

Panorama Regional

Pouca prática
O jornalista Marco Martins, desta Tribuna, ligou no final da tarde de ontem para o advogado Paulo Bastos, que representa o ex-prefeito de Cambará, José Salim Haggi Neto na ação judicial em que este foi condenado por improbidade administrativa. Ao invés de responder as perguntas feitas pelo jornalista, preferiu o tom irônico, mordaz, deixando escapar o comportamento belicoso ao assinalar que está processando o jornal e o repórter.
Bastos me faz lembrar a equipe de advogados do ex-presidente Lula, que mesmo procurados pela reportagem da Rede Globo para se manifestarem, preferiram o silêncio, para depois pedir direito de resposta e ameaçar com processos judiciais. Nas duas matérias veiculadas por este jornal, Neto foi procurado na primeira vez, e na segunda veiculação, coube ao advogado se manifestar, preferindo o tom ameaçador.

Constatação
Em sua fala com o jornalista da Tribuna, Haggi Neto admitiu que está condenado em definitivo, que não cabe mais recursos, que vai pagar a multa importa pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas defende a tese de que está elegível e que vai concorrer na eleição de outubro deste ano. Foi o que o jornal publicou, mas defendendo que a sentença por improbidade administrativa agravado com o dolo (intenção de cometer a ilegalidade), o coloca fora do processo eleitoral.

Constatação 2
Para eliminar qualquer dúvida, a reportagem consultou dois dos mais experimentados juristas especializados em Direito Eleitoral do Paraná. Ambos concordaram com a tese defendida pelo jornal. Ou seja, Neto pode até lançar sua candidatura a prefeito de Cambará, mas é pouco provável que obtenha registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em razão de sua condenação. Vale salientar que o ex-prefeito tem uma penca de outros processos que correm na justiça em diferentes esferas.

Troca-troca
Conforme levantamento realizado pelo jornalista Carlos Roberto Francisquini, do site Circulandoaqui, em Cambará três vereadores trocaram de legenda durante janela partidária. Claudinei ‘Tuta’ Tironi não é mais do PT, ele deixou a legenda e está flertando com o Partido Humanista da Solidariedade - PHS, agremiação ligada a Igreja Católica

Troca-troca 2
Renato Rodrigues, presidente da Câmara de Vereadores também mudou de sigla. Ele se transferiu para o Partido Socialista Brasileiro – PSB que acabou indo para as mãos de seus principais adversários políticos na cidade, o que o obrigou a um novo voo, desta feita para o Partido Trabalhista do Brasil - PT do B.

Troca-troca 3 
A surpresa na janela de transferência foi a saída de João Antonio Tinelli, do PSDB, para o Partido Social Democrático – PSD. Ele diz que vai usar sua experiência política para ajudar a fortalecer o partido.

No mesmo ninho
O prefeito de Cambará, João Mattar Olivato (PSC) acabou ficando sozinho na legenda. Os dois principais aliados, Ratinho Junior e Nelson Padovani, deixaram a legenda. Ratinho foi para o (PSD) e Padovani para o (PSDB) curiosamente, os dois partidos da base do vice-prefeito Luís Dias pode concorrer contra ele.

Tudo como antes
Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, Apesar de sugerir que o impeachment, sem base, cheira a golpe, Renan Calheiros continua fazendo, nos bastidores, a mesma avaliação dos últimos dias: “Não tem mais jeito”.

Típico dele
Quem acompanha os passos do presidente do Senado diz que ele fez, faz e fará gestos ambíguos até o fim. Por puro instinto de sobrevivência, não quer ser confundido nem com o exército inimigo, nem com as tropas aliadas.

Esclarecimento
Com relação à veiculação nos meios de comunicação no dia de ontem, o deputado licenciado Ratinho Junior informa que todas as doações recebidas em suas campanhas, inclusive as oriundas do Diretório Nacional do PSC, foram devidamente declaradas à Justiça Eleitoral, cujas prestações de contas foram aprovadas pelo TRE-PR. 


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