sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Panorama Regional

Estamos de volta
Foram meses de afastamento sob protestos da maioria de meus leitores assíduos. O último a reclamar foi meu amigo pessoal, Cleber Carulla, assessor da prefeitura de Cambará, que me deu uma “dura”, isso mesmo, um literal puxão de orelhas pelo meu afastamento do jornalismo. E olha que isso aconteceu na última quarta-feira (14). Carulla foi enfático: “A Tribuna do Vale é a essência de sua atuação no jornalismo e não pode prescindir de sua presença!”. Jurei pra ele que voltaria a editar essa coluna, que foi marca do jornalismo regional e cá estamos cumprindo o prometido.

Limite da resistência
Perguntam-me porque pus o pé no freio. A razão disso é a fragilidade humana. Comecei no jornalismo no início da década de 1980 e não me lembro de ter tirado um dia de férias. Jornalismo é uma das atividades humanas mais desgastantes. Tudo o que fazemos, escrevemos ou falamos, repercute na vida das pessoas, com diferentes reações. Lembro-me bem de um comentário de um jornalista, nos meus tempos de Folha de Londrina, que observou o elevado nível de mortalidade precoce, alcoolismo, entre outros males, no meio. Estou falando de jornalista, com “J” bem grande, de gente que se envolve emocionalmente naquilo que faz, que tem compromisso com ética e que põe em risco a própria vida para levar a informação verdadeira a seu público.

Banalização
Hoje vivemos outros tempos no jornalismo. Antes uma das profissões mais respeitadas, atualmente se tornou banal as piadas envolvendo os profissionais da área.   Disseminaram-se pelo país os chamados “jornalistas de ocasião”, que se aproveitaram de uma liminar concedida na Justiça Federal que cassou a necessidade de diploma ou registro definitivo para o exercício da profissão. De uma hora para outra, qualquer pessoa, mesmo sem o mínimo conhecimento do português, virou jornalista. Nessa esteira, foram surgindo sites, blogs, páginas no facebook, assinadas por gente que nem tem noção do que seja jornalismo. Mas sabem copiar muito bem textos e fotos dos verdadeiros profissionais.

Reconhecimento
Justiça seja feita: essa liminar, por outro lado, garantiu a legalização de muitos profissionais talentosos que viviam ameaçados pelos sindicatos de jornalistas, que sempre defenderam o monopólio do diploma. É preciso ficar bem claro que jornalismo é atividade intelectual, que não depende de diplomas e registros.

Amunorpi 1
Mudando de assunto, vamos focar na polêmica do momento: nossa Associação dos Municípios do Norte Pioneiro (Amunorpi), que vive uma das piores crises de sua história, por conta de uma investigação do Ministério Público (MP), que culminou esta semana com a denuncio ao Poder Judiciário atingindo o atual e os últimos 7 presidentes da entidade, além dos funcionários da instituição.

Amunorpi 2
Foram propostas ações por supostas improbidades administrativas e ações criminais. Porém pouca coisa do real conteúdo dessas ações veio a público até agora.

Polêmica
Prefeitos ouvidos pela Tribuna demonstraram surpresa com o ajuizamento das ações. Eles entendem que não cometeram atos lesivos a partir da constatação de que a Amunorpi não seria reconhecida como entidade pública e que os atos denunciados são praticas que vem desde a fundação da entidade. O máximo que esperavam era a exigência de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), para ajustar os procedimentos administrativos da entidade.

Quem manda?
Um pardal de pena curta e que freqüenta com freqüência as salas da prefeitura de Abatiá me contou que na quarta-feira, 14, o "primeiro-damo" Jurandir Yamagami e a prefeita Maria de Lourdes Yamagami quebraram o cacete com o advogado da prefeitura Francisco Pimentel. O mesmo pardal disse que faltou lixeira para tanto caco de prato e cabo de panela que voou do gabinete da chefa. Yamagami, o "primeiro-damo", teria praguejado e prometido que moverá mundos e fundos (mais fundos que mundos) para tirar o jurisconsulto da prefeitura.

Gerente abusado
Quem conhece os bastidores da prefeitura de Abatiá sabe que Francisco Pimentel age como se fosse o gerente da administração. Costuma dizer para todos que manda prender e soltar na prefeitura. Pior, na base da amarração, criou uma rede de lambe-botas que lhe mantém informado de tudo que escapa ao seu radar. Quem não joga no seu time fica órfão e corre riscos. Yamagami san, estaria de saco cheio da postura de Pimentel e já teria até dito para servidores em comissão que jogam no time do advogado que vai mandar a prefeita, que por coincidência é sua mulher, demitir quem é protegido do primeiro-ministro. A chapa esquentou, e não foi para o Yakissoba, não!

Choradeira
Tem prefeito apto à reeleição que dá como certa sua continuidade na cadeira. Não dão ouvidos nem para os amigos mais íntimos que alertam para a necessidade de mudanças urgentes. Depois que a vaca for pro brejo, aí vai ser aquela choradeira.

Exemplo
Quem não se lembra da gestão do ex-prefeito de Wenceslau Braz, Cristóvan Andraus. Candidato à reeleição menosprezava seu adversário, Taidinho dos Santos e dava a vitória como questão liquidada. Perdeu a disputa por quatro votos!


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